Iniciativa inédita no país cria regras para aplicativos, monitora condutores e oferece pontos de apoio a motociclistas
A Prefeitura do Rio lançou o Programa de Monitoramento de Direção Segura de Condutores, a primeira iniciativa do país voltada exclusivamente ao ordenamento dos aplicativos de entrega e transporte por motocicletas. O projeto tem como objetivo reduzir o número de acidentes e melhorar a segurança e as condições de trabalho dos motociclistas.
Regulamentado por decreto, o programa estabelece que os condutores deverão apresentar certidão negativa criminal e veículos devidamente licenciados. O sistema vai monitorar infrações como excesso de velocidade acima de 10% do limite, manobras perigosas, mudanças bruscas de faixa e trânsito em áreas proibidas, como calçadas e ciclovias.
As plataformas de entrega serão responsáveis por acompanhar e reportar os comportamentos de risco à prefeitura. Motoristas com histórico de infrações poderão sofrer penalidades como cursos de conscientização, restrição temporária de acesso (5, 10 ou 30 dias) ou até descadastramento em caso de reincidência.
Durante o lançamento, o prefeito Eduardo Paes destacou a importância da medida:
“Não dá para aceitar a quantidade de acidentes e mortes nas ruas. Queremos segurança, respeito às leis e melhores condições de trabalho para esses profissionais.”
A cidade também ganha a primeira base de apoio para motociclistas e ciclistas profissionais, batizada de “Parada”, localizada sob o Viaduto Álvares Cabral, em Botafogo. O espaço oferece estacionamento, área de descanso, banheiro e ponto de recarga. Outras 11 unidades serão instaladas em regiões como Maracanã, Barra da Tijuca, Bangu, Madureira, Campo Grande e São Cristóvão, em parceria com empresas privadas.
Representantes da categoria também elogiaram a iniciativa. Para Roberto Machado das Neves, presidente da União Motoboy e Bike (UNB), as novas regras e os pontos de apoio trazem mais dignidade e segurança para os profissionais:
“Ter acesso a um banheiro, um espaço para descanso e alimentação é uma questão de respeito humano.”
Com mais de 14 mil atendimentos a vítimas de acidentes de moto apenas no primeiro semestre de 2025, o programa marca um passo importante para organizar o serviço de motofrete, reduzir acidentes e melhorar as condições de trabalho dos motociclistas que circulam diariamente pelas ruas do Rio.
